• Novas análises do estudo ESSENCE foram destaque no principal congresso de doenças do fígado do mundo (AASLD 2025). 
  • Mesmo com pouca perda de peso, semaglutida 2,4 mg demonstrou potencial para reverter a inflamação do fígado e apresentou tendência de melhora nas cicatrizes (fibrose) do órgão¹.
  • Os benefícios na inflamação e nas cicatrizes do fígado em pacientes com a doença foram observados em uma ampla população de pacientes, independentemente de idade, gênero, raça ou etnia². 

São Paulo, 12 de novembro de 2025 – No contexto do Dia Mundial do Diabetes, marcado em 14 de novembro, novas evidências destacam a profunda conexão entre diabetes, obesidade e a saúde do fígado. A gordura no fígado (esteatose hepática) é uma complicação silenciosa e perigosa que afeta mais de 60% dos pacientes com diabetes tipo 210. Dados inéditos apresentados pela Novo Nordisk mostram que a semaglutida 2,4 mg, além de tratar a obesidade, atua diretamente na saúde do fígado, oferecendo uma abordagem mais completa para o cuidado de doenças cardiometabólicas. 

A Novo Nordisk apresentou em 10 de outubro, no 76º encontro anual da Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado (AASLD), dados que avaliam os efeitos da semaglutida 2,4 mg em pessoas com esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH) – uma forma grave de gordura no fígado – e com cicatrizes no fígado de estágio moderado a avançado (fibrose). Resultados de uma nova análise do estudo de fase 3 ESSENCE mostraram que a semaglutida 2,4 mg foi associada à resolução da inflamação do fígado (esteatohepatite) em adultos com MASH, mesmo naqueles que apresentaram baixa perda de peso.¹ 

“Estes dados sugerem que os efeitos da semaglutida 2,4 mg neste estudo vão além da perda de peso e fornecem insights importantes sobre os efeitos clínicos da semaglutida 2,4 mg em pessoas que vivem com gordura no fígado”, disse o Professor Philip Newsome, MBChB, PhD, coinvestigador principal e diretor do Instituto Roger Williams de Estudos do Fígado, no King’s College Hospital e King’s College London. “Esses dados ampliam nosso entendimento sobre a MASH, que frequentemente é acompanhada por outras condições sistêmicas, incluindo distúrbios cardiometabólicos.” 

Esta análise do estudo ESSENCE avaliou os primeiros 800 pacientes randomizados em 72 semanas. As respostas ao tratamento, medidas por exames histológicos (biópsia) e não invasivos (NITs), foram avaliadas de acordo com faixas específicas de perda de peso (≤2%, ≤5%, ≤7%, >7%).¹ Os exames não invasivos que medem a saúde do fígado melhoraram em todos os grupos que receberam semaglutida 2,4 mg, com o maior efeito observado no exame de alanina aminotransferase (ALT) em pacientes com perda de peso de até 7%. Nesse subgrupo, os pacientes que receberam semaglutida 2,4 mg mostraram uma melhora significativamente maior na ALT em comparação com o placebo.¹ ³

Para os desfechos de biópsia, a semaglutida 2,4 mg, em comparação com o placebo, foi associada à reversão da inflamação no fígado em diversas faixas de perda de peso, incluindo naqueles com perda de peso baixa (≤2%). Nesse subgrupo, 48,4% dos pacientes que receberam semaglutida 2,4 mg mostraram resolução da inflamação, em comparação com 25,8% dos pacientes que receberam placebo. Os resultados da melhora nas cicatrizes do fígado (fibrose) apresentaram uma tendência a favorecer a semaglutida 2,4 mg em todas as faixas de peso quando comparado ao placebo.³ 

“A MASH, ou gordura no fígado com inflamação, afeta mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo e pode progredir para cicatrizes irreversíveis e insuficiência hepática”, disse Martin Holst Lange, diretor científico e vice-presidente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Novo Nordisk. “Os resultados de hoje sugerem que, mesmo com pouca perda de peso, as pessoas com MASH tratadas com semaglutida 2,4 mg tiveram melhoras mais significativas nos parâmetros de saúde do fígado do que aquelas que receberam placebo.”

Uma análise secundária adicional do ESSENCE avaliou os primeiros 800 pacientes por raça, etnia, gênero e idade. Os resultados mostraram eficácia na reversão da inflamação e na melhora das cicatrizes do fígado para todos os subgrupos de gênero, raça e certas etnias. Esses resultados para a semaglutida 2,4 mg foram observados em todas as faixas etárias.²

A Parte 2 do estudo ESSENCE continuará, com a divulgação dos resultados prevista para 2029.⁴ 

Sobre o estudo ESSENCE 

O ESSENCE é um estudo de fase 3 em andamento que avalia o efeito da semaglutida 2,4 mg em adultos com gordura no fígado com inflamação (MASH) e fibrose (cicatrizes) moderada a avançada. É um estudo de duas partes no qual 1.200 participantes foram randomizados para receber semaglutida 2,4 mg ou placebo, por 240 semanas.⁵ 

Na parte 1, o objetivo foi demonstrar a melhora na histologia do fígado (análise por biópsia) em 72 semanas. Na parte 2, em andamento, o objetivo é demonstrar que o tratamento reduz o risco de eventos clínicos graves relacionados ao fígado em 240 semanas, como evolução para cirrose e necessidade de transplante.⁶ 

Sobre a esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH), uma forma grave de gordura no fígado

A MASH é uma doença metabólica grave e progressiva que afeta o fígado e pode ser fatal.⁷ Mais de 250 milhões de pessoas vivem com gordura no fígado com inflamação (MASH),⁸ e o número de indivíduos em estágios avançados da doença deve aumentar mais de 160% até 2030.⁹ Mais de um terço das pessoas com sobrepeso ou obesidade também têm MASH.¹⁰ 

A MASH é uma doença silenciosa, com poucos sintomas nos estágios iniciais,⁷ o que leva a um diagnóstico tardio em quase 90% dos casos.¹⁵ Uma vez que a gordura no fígado com inflamação progride, há risco aumentado de cirrose, câncer de fígado e necessidade de transplante.¹⁶

Sobre a semaglutida 2,4 mg na esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH)

A semaglutida 2,4 mg é um agonista do receptor de GLP-1 que recebeu aprovação acelerada da FDA para tratar adultos com gordura no fígado com inflamação (MASH) e fibrose moderada a avançada, em conjunto com dieta e exercícios.¹⁷ Essa aprovação baseia-se na melhora da MASH e da fibrose (cicatrizes no fígado).¹⁷ 

É importante notar que a injeção de semaglutida 2,4 mg pode apresentar efeitos colaterais como náusea, diarreia, vômito, constipação, dor de estômago, dor de cabeça, cansaço, tontura, inchaço, entre outros, além de ter contraindicação para possíveis tumores da tireoide, incluindo câncer. ¹⁷ 

Referências: 

1. Sanyal AJ, Newsome PN, Kliers I, et al. Phase 3 trial of semaglutide in metabolic dysfunction-associated steatohepatitis. Newsome PN, Armstrong MJ, Bakulin I, et al. Weight-dependent and independent effects of semaglutide in participants with MASH: secondary analysis of the phase 3 ESSENCE trial. Presented at the American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) 2025 annual meeting. 10 November 2025, Washington, DC, US.

2. Rinella ME, Abdelmalek MF, Bugianesi E, et al. Efficacy response in subgroups of participants in ESSENCE demonstrate that semaglutide is effective in improving liver fibrosis across a diverse population. [Abstract details]. American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) 2025 annual meeting. 10 November 2025, Washington, DC, US.

3. Newsome PN, Armstrong MJ, Bakulin I, et al. Weight-dependent and independent effects of semaglutide in participants with mash: secondary analysis of the phase 3 essence trial. [Abstract details]. American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) 2025 annual meeting. 7-11 November 2025, Washington, DC, US.

4. ClinicalTrials.gov. Research study on whether semaglutide works in people with non-alcoholic steatohepatitis (NASH). https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04822181. Accessed November 6, 2025.

5. Sanyal AJ, Newsome PN, Kliers I, et al. Phase 3 trial of semaglutide in metabolic dysfunction-associated steatohepatitis. New Eng J Med. 2025;392(21): 2089-2099.

6. Newsome PN, Sanyal AJ, Engebretsen KA, et al. Semaglutide 2.4 mg in participants with metabolic dysfunction-associated steatohepatitis: baseline characteristics and design of the phase 3 ESSENCE trial. Aliment Pharmacol Ther. 2024;60(11- 12):1525-1533.

7. Allen AM, Charlton M, Cusi K, et al. Guideline-based management of metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease in the primary care setting. Postgrad Med. 2024;136(3):229-245.

8. Younossi ZM, Golabi P, Paik JM, Henry A, Van Dongen C, Henry L. The global epidemiology of nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) and nonalcoholic steatohepatitis (NASH): a systematic review. Hepatology. 2023;77(4):1335-1347.

9. Estes C, Razavi H, Loomba R, Younossi Z, Sanyal AJ. Modeling the epidemic of nonalcoholic fatty liver disease demonstrates an exponential increase in burden of disease. Hepatology. 2018; 67(1):123-133.

10. Quek J, Chan KE, Wong ZY, et al. Global prevalence of non-alcoholic fatty liver disease and non-alcoholic steatohepatitis in the overweight and obese population: a systematic review and meta-analysis. Lancet Gastroenterol Hepatol. 2023;8(1):20-30.

11. Miao L, Targher G, Byrne CD, Cao Y-Y, Zheng M-H. Current status and future trends of the global burden of MASLD. Trends Endocrinol Metab. 2024;35:697-707.

12. Muthiah MD, Cheng Han N, Sanyal AJ. A clinical overview of non-alcoholic fatty liver disease: a guide to diagnosis, the clinical features, and complications—What the non-specialist needs to know. Diabetes Obes Metab. 2022;24 (Suppl 2:3- 14).

13. Vanni E, Marengo A, Mezzabotta L, Bugianesi E. Systemic complications of nonalcoholic fatty liver disease: when the liver is not an innocent bystander. Semin Liver Dis. 2015;35(3):236-249.

14. Schattenberg JM, Lazarus JV, Newsome, PN et al. Disease burden and economic impact of diagnosed non-alcoholic steatohepatitis in five European countries in 2018: a cost-of-illness analysis. Liver Int. 2021;41(6):1227-1242.

15. Ekstedt M, Hagström H, Nasr P, et al. Fibrosis stage is the strongest predictor for disease-specific mortality in NAFLD after up to 33 years of follow-up. Hepatology. 2015;61(5):1547-1554.

16. Kugelmas M, Noureddin M, Gunn N, et al. The use of current knowledge and non-invasive testing modalities for predicting at-risk non-alcoholic steatohepatitis and assessing fibrosis. Liver Int. 2023;43(5):964-974.

17. Wegovy® [package insert]. Plainsboro, NJ: Novo Nordisk Inc.

Sobre a Novo Nordisk

A Novo Nordisk é uma empresa global líder em cuidados com a saúde, fundada em 1923 e com sede na Dinamarca. Nosso propósito é impulsionar mudanças para derrotar doenças crônicas graves, com base em nossa herança no tratamento do diabetes. Fazemos isso por meio da inovação científica, da ampliação do acesso aos nossos medicamentos e do trabalho contínuo para prevenir e, eventualmente, curar doenças. A Novo Nordisk emprega cerca de 77.400 pessoas em 80 países e comercializa seus produtos em aproximadamente 170 países. Presente no Brasil desde 1990, a empresa conta atualmente com cerca de 2.500 funcionários e está presente com escritório corporativo em São Paulo (SP) e unidade de produção em Montes Claros (MG). Para mais informações, visite www.novonordisk.com.br e siga nossos perfis oficiais nas redes sociais Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube

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