Nesta seção do nosso site, você encontra diversas informações sobre
Distúrbio do Crescimento:
O Hormônio do Crescimento (GH) é uma substância produzida por uma
glândula no cérebro, denominada hipófise (também chamada de
pituitária). Este hormônio promove o crescimento durante a infância e
continua tendo um papel importante no metabolismo durante a vida
adulta.
O GH é secretado durante toda a vida de uma pessoa e sua
atuação mais conhecida está na promoção do crescimento. Além da
altura, entretanto, o GH afeta muitos sistemas no organismo, incluindo
metabolismo de gorduras e proteínas e metabolismo ósseo. O GH, por
esta razão, é prescrito não somente para crianças, mas também para
adultos com deficiência de GH.
Indicações em Crianças
Indicações em Adultos
Deficiência de hormônio do crescimento é uma condição em que o organismo da criança falha na produção da quantidade adequada de hormônio do crescimento, causando um atraso do crescimento.
A DGH pode estar presente desde o nascimento, ou pode aparecer em qualquer fase da infância ou idade adulta. É geralmente causada pela falha da glândula hipófise na produção dos níveis adequados de hormônio do crescimento.
Tais deficiências podem ocorrer, por vezes, como consequência de
alguns tipos de tratamentos médicos, como radioterapia ou cirurgia
cerebral, ou devido a uma condição preexistente, como um tumor
cerebral, trauma, etc. Algumas vezes pode ser o resultado de um
defeito hereditário. Entretanto, para a maioria dos pacientes, a razão
para a falta de hormônio GH é desconhecida.
A deficiência de Hormônio do Crescimento (DGH) pode se manifestar em graus variados e ter muitas causas diferentes. Por ocasião do diagnóstico, o médico fará perguntas sobre a história médica do paciente, realizará um exame físico e solicitará exames laboratoriais e de imagem, a fim de obter o máximo de informação possível sobre a condição.
Os médicos utilizam os seguintes critérios para classificar Deficiência de Hormônio do Crescimento (GHD):
Esta classificação é feita levando-se em conta se o paciente havia
parado ou não seu crescimento por ocasião do diagnóstico (geralmente
as pessoas param de crescer ao redor dos 19 anos).
O tipo de deficiência (isolada ou múltipla) dependerá se o paciente
tem deficiência também de outros homônios hipofisários, além da DGH. O
hormônio do crescimento é produzido pela glândula hipófise,
que secreta vários hormônios diferentes, que também são essenciais
para manter as funções normais do organismo.
Conforme descrito acima, a hipófise secreta o hormônio do
crescimento. Entretanto, uma parte do cérebro conhecida como
hipotálamo regula a secreção do hormônio do crescimento pela hipófise.
Deste modo, a deficiência de hormônio do crescimento pode ter origem
na hipófise ou no hipotálamo.
Síndrome de Turner é uma condição que afeta apenas meninas e é um distúrbio cromossômico. Pode ser monossomia completa ou parcial do cromossomo X e as duas características mais constantes são baixa estatura de início pós-natal e adigenesia (alteração no aparelho de reprodução).
A causa da baixa estatura na Síndrome de Turner é em grande parte
explicada por uma alteração no gene SHOX do cromossomo sexual. Toda
menina com baixa estatura e/ou com atraso puberal deve realizar o
exame cariótipo. O diagnóstico pode ser feito em qualquer idade; cerca
de 30% das crianças são diagnosticadas ao nascimento e outras 25,5%
durante o período médio da infância. Para muitas meninas portadoras de
Síndrome de Turner, entretanto, o diagnóstico pode ser feito somente
na adolescência.
As meninas portadoras de Síndrome de Turner podem apresentar as
seguintes características:
Uma estatura reduzida frequentemente representa o maior obstáculo
para uma menina com Síndrome de Turner. Ao nascimento, estas meninas
geralmente têm um comprimento normal. Durante os primeiros anos de
suas vidas, elas crescem quase tão rápido quanto a níveis considerados
padrão na altura. A diferença é particularmente notável quando as
outras meninas estão entrando na puberdade e apresentando rápidos
aumentos de estatura, o que não ocorre com as meninas com Turner.
Geralmente, as mulheres com Turner que não estão recebendo tratamento
são, em média, 20 cm mais baixas que outras mulheres. Nos últimos
anos, as meninas com Turner estão sendo tratadas com hormônio do
crescimento e os resultados provisórios sugerem que a estatura final
possa ser aumentada de 5 a 10 cm.
Na maioria das meninas com Turner, os ovários não se desenvolvem
como deveriam. Por este motivo, também há uma ausência dos hormônios
sexuais femininos, importantes para o desenvolvimento das
características sexuais secundárias (pêlos pubianos, desenvolvimento
das mamas etc.). Consequentemente, muitas meninas com Turner podem ter
desenvolvimento incompleto das características sexuais secundárias. A
maioria não menstrua e apresenta infertilidade.
As meninas com Turner podem apresentar traços físicos que são característicos desta condição, como o pescoço com um septo lateral. Esta é uma pequena dobra de pele de cada lado do pescoço dando a impressão que o pescoço é curto.
Ao nascimento, entre um terço e metade das meninas com Turner apresentará inchaços com aspecto de um coxim no dorso das mãos e pés. Isto normalmente desaparece após um certo tempo, podendo reaparecer durante a puberdade.
Outras características que podem estar presentes:
Baixa implantação de cabelo
- As pesquisas têm mostrado que uma pequena porcentagem de meninas com Turner tem alguma forma de anormalidade cardíaca. A maioria destas anormalidades, felizmente, é relativamente insignificante. É importante que as meninas com Turner façam um exame do coração (por meio de mapeamento cardíaco especial) precocemente.
- Podem também ocorrer problemas de ouvido com uma tendência para frequentes infecções no ouvido médio. Com o passar do tempo, algumas mulheres podem apresentar um comprometimento da audição.
- As meninas com Turner também podem ter pequenas anormalidades
renais e morfologicas. Entretanto, elas geralmente não afetam o
funcionamento dos rins.
Os rins são responsáveis pela excreção de urina na concentração correta. Isto significa que um rim funcionando normalmente excreta a água em excesso e impurezas, enquanto retém sais e outros compostos necessários ao organismo. As crianças com doença crônica do rim (renal) podem ser divididas em três grupos, dependendo da função renal que têm:
- Disfunção renal crônica - função renal menor que 50%
- Insuficiência renal crônica - função renal menor que 25%
- Doença renal em fase terminal - função renal menor que 5% (pacientes em diálise)
Cerca de seis crianças em cada um milhão da população total sofrem
de doença renal crônica. Aproximadamente um terço das crianças com
doença renal crônica tem crescimento anormal, em parte devido ao fato
de as doenças renais perturbarem o metabolismo do hormônio do
crescimento (GH). Os hormônios corticosteróides, que são
frequentemente utilizados para tratar a doença renal, podem também
retardar o crescimento.
O hormônio do crescimento continua a desempenhar um importante papel na fase adulta, regulando o metabolismo ósseo, de gorduras e composição do corpo, além de atuar na qualidade de vida das pessoas.
GHDA pode aparecer a qualquer momento e pode ser resultado de um
tumor na região da hipófise, tratamento de tumor cerebral ou câncer,
ferimento grave na cabeça, entre outros.
O tratamento das condições associadas à deficiência de GH é realizado com a reposição do próprio hormônio. Como o tratamento é farmacológico, somente deve ser indicado e acompanhado pelo seu médico.